A leitura da missa de hoje relata seu martírio (At 6,8-12.7,55-8,2). Estêvão é o primeiro dos mártires de Cristo, e um dos sete que os Apóstolos escolheram para o serviço da comunidade, porque ‘cheio de fé e do Espírito Santo’ (At 6,5). Nele se realiza de modo exemplar a figura do mártir como imitador do Cristo; ele contempla a glória do Ressuscitado, cuja divindade proclama, entrega-lhe seu espírito, perdoa aos que o apedrejam (At 7,55.59-60). Saulo, testemunha do apedrejamento (At 8,1), dele acolherá uma herança espiritual, tornando-se apóstolo das nações.
É considerado o Patrono dos diáconos da Igreja Armênia, cuja memória é evocada com grande solenidade, como o “Dia dos Diáconos”. É invocado explicitamente na intercessão dos santos de cada santa missa: “Ësdepanossí nakhavëgayín” (Estêvão, o protomártir).
“Estremecei hoje de alegria e regozijai, ó santa Igreja católica, ao celebrar a memória de Santo Estêvão, o protomártir de Cristo, que recebeu o testemunho do Pai eterno. Estêvão, que com suas orações abriu os céus fechados por Adão, transfigurado no aspecto de um anjo, via o rosto do Pai, sob a forma de Adão, sentado sobre um trono de glória. Juntando um monte de pedras como flores, trançava no lugar de espinhos e de rosas, uma coroa, e misturava seu sangue de mártir com o sangue salvador de Cristo que havia brotado do lado. Por isso, vós que sois o mais glorioso entre os Santos, pedi também por nós ao Doador das alturas, os dons da vida sem fim e uma grande misericórdia.
Santo Estêvão, escolhido desde o seio materno, verdadeiro testemunho das pregações apostólicas, rogava a Cristo Deus por seus ímpios lapidadores, dizendo: “Não lhes imputeis isto como pecado”. Por sua intercessão, concedei-nos, Senhor, vossa grande misericórdia” (antífona de entrada da missa).
