S. Leôncio “Ghevont” e companheiros, mártires
3ª Terça-feira de Preparação para a Quaresma
“São conhecidos sob nome de “Ghevontiants” aqueles religiosos que, após a batalha épica de Vartnants (451) o rei persa Hazguerd, para evitar novos tumultos na Armênia, junto com alguns ministros nos quais ele não confiava, mandou encarcerar na fortaleza de Niuchabuh no ano de 454, e logo depois, sob a insistência dos magos, mandou torturar e matar, um por um.
Já antes destes acontecimentos, haviam sido martirizados o padre Samuel, o diácono Apraham e o bispo Tatíg. Logo depois, os encarcerados na fortaleza de Niuchabuh foram, primeiramente, induzidos a renegar sua fé. Mas, como permaneceram inabaláveis, foram martirizados, após sofrerem torturas cruéis. São eles:
Catholicós Hovsep – Era da aldeia de Vayots Tsor, região de Hoghotsmants. Foi um dos primeiros alunos de São Sahag e São Mesrob. Depois da morte de São Mesrob, assumiu o cargo do catholicossato armênio.
Bispo Sahag – Por conhecer fluentemente a língua persa, nas derradeiras investigações, atuou como intérprete.
Padre Ghevont (Yerets) – Era o mais idoso do grupo e com a saúde debilitada, porém forte espiritualmente. Através de sua palavra e exemplo, havia deixado uma grande impressão no exército e em seus companheiros.
Padre Muché – O pároco do principado dos Ardz’runis que, depois dos Mamigonians, haviam assumido o papel mais importante no Levante de Vartanants.
Padre Archén – Era um religioso simples e humilde, mas possuía uma forte fé, e vivera na aristocracia da época, sendo muito respeitoso por todos eles.
Diácono Katchatch – Era o servidor do bispo Sahag. Até mesmo na sua posição humilde, sua atitude fora notável, razão pela qual foi igualmente condenado, da mesma forma que os outros.
Os “Ghevontíank” (Grupo de Ghevont), são considerados os santos que orgulham o clero armênio, pois eles incorporam a dedicação à pátria e à fé. Junto com os “Vartanants” (heróis da Batalha de Avarair/451), eles mantiveram em patamares elevados a vida do povo, o caráter sagrado da fé cristã, e foram os mais notáveis ativistas em manter e proteger vivamente a nação com a Igreja Armênia. Tal conduta é o resultado da nobre educação que receberam, uma vez que quase todos foram alunos da escola dos santos Sahag e Mesrob, que paralelamente ao estudo, lhes fortaleceram o caráter de pessoas profundamente imbuídas de amor à pátria e à Igreja” (DIOCESE DA IGREJA APOSTÓLICA ARMÊNIA. Ecos ressonantes, pp. 104-105).